terça-feira, 26 de abril de 2011

AOI (3)

3ª parte para você, mas antes, uma pequena explicação. Eu acho que isso vai ser um pouco de spoiler, mas acho que se eu não disser, você vai boiar completamente. So, let's do that. ;)

A história de AOI se passa num sistema planetário chamado Sistema Baron e todo o sistema tem um governo único, sendo um único país chamado República Suprema de Baron. Este é um governo ditatorial imposto pelos humanos que (segundo os livros de história modificados) promoveram o Ato de União, um tratado que unificou os quatro povos viventes no sistema (Humanos, Luny, Contano e Córon) pacificamente e sem guerras. Mas a história real é bem diferente...

. Essa parte introduz uns conceitos meio complicados, mas muito importantes pra história quando ele lê a introdução do livro, então, qualquer dúvida, poste nos comentários. Mas existem algumas coisas que só vão ser explicadas beeem depois, então seja paciente, vou responder todas as dúvidas dos comentários que não derem mais spoiler.



CAPÍTULO I - PARTE III
O vulto que ria
Naquela mesma manhã, Nereo Nakkio abriu a Brancazulada (Ou Armas Brancas do Azul, como quiser) mais cedo. Panddo, o balconista, tinha chegado um pouco atrasado e, como era obcecado pelo emprego, implorous desculpas a Nereo que era muito mal com ele geralmente. Na verdade, ser mal com Panddo era um dos passatempos favoritos de Nereo. E assistir Nereo sendo mal com Panddo era também um passatempo para Nestore Nakkio. Mas o pobre Panddo, mesmo sendo maltratado para divertimento dos outros, admirava muito Nereo pela sua técnica de forja. Nereo era era bem famoso, sendo conhecido como o “Ferreiro Ancião” e pessoas de muitos lugares vinham a sua loja.
Ainda naquela manhã, Nereo havia recebido um pedido: um cajado de Metal Ardente, um metal que só é encontrado por perto com um mineiro rabugento e de poucos amigos que, quando requisitado, demorava dias para atender ao pedido. Nereo havia ido à casa do tal homem para fazer negócio, portanto se sabia que ele não voltaria tão cedo. Quem tomava conta da loja era Nestore e Panddo.
O dia não estava muito movimentado, por tanto, Nestore estava no balcão lendo o livro de hoje mais cedo, conferindo em outro e fazendo anotações. O livro que ele havia atirado no abajur de manhã foi encontrado num passeio a Floresta Ruruni, uma floresta nas proximidades da vila. No dia anterior, ele caminhava pelas árvores quando começou a chover, mas sem trovejar. Sentou-se numa pedra debaixo de uma árvore para se refugiar da chuva e para esperar ela passar. Quando se sentou, notou que havia uma caixa velha de ferro enferrujada do seu lado. Havia um cadeado, mas como o cadeado também estava oxidado, foi fácil de quebrá-lo com uma pedra. Dentro da caixa havia o livro e um bilhete borrado e ilegível.
“Não é todo dia que se encontra um livro velho numa caixa debaixo de uma árvore” pensou Nestore “ melhor conferir.”
Conferiu de quando era a edição e não acreditou. Aquele livro tinha mais de 3500 anos! Foi correndo para casa, mesmo debaixo da chuva.
– Onde estava, Nestore?
– Depois eu falo com o senhor, vovô. – mas naquele dia não falou mais com Nereo.
Subiu correndo as escadas e foi até a biblioteca. Olhou a capa do livro. O título estava escrito na língua de Lun, a língua usada pelos luny antes do Ato de União (que Nestore sabia ler), e em letras bem grandes: A GRANDE VIAGEM. Abriu o livro na introdução.
– “Esse livro é um conjunto de relatos dos líderes e representantes e também de pessoas comuns das quatro raças que participaram da Grande Viagem. Começa com uma curta história sobre a vida dos Luny, dos Humanos, dos Contano e dos Córon antes da Grande Viagem e prossegue com os acontecimentos durante tal. Escrevemos esse “diário de bordo” com a intenção de informar aos futuros viventes do Sistema de LHCC...”
– “Sistema de LHCC? Como se fosse Luny, Humanos, Córon e Contano?” pensou Nestore. “Mas o nome do sistema é Sistema de Baron! Isso desda unificação dos humanos com as três raças pelo Presidente humano Baron..., não é?”
– “... informar aos futuros viventes do Sistema LHCC” continuou Nestore “que a história de seus ancestrais foi de união pacífica e de convivência em sociedade como um só povo. Também com a intenção de dar uma visão mais pessoal da história, mas contando acontecimentos reais e sérios.
Eu, como um dos Dux dos luny gostaria de deixar o nosso legado de paz para meus filhos, meus netos, (talvez até bisnetos, quem sabe?) para os dos meus amigos, para os dos meus inimigos e para os de todas as civilizações.

AOI, 4º Dux de Luna”
“Wow. Acho que isso não é um livro qualquer.” E com esse pensamento na cabeça, passou a noite lendo o livro e fazendo anotações.



I hope you have fun,
F Bonafini

sábado, 23 de abril de 2011

AOI (2)

CAPÍTULO I - PARTE II
         O vulto que ria



Acorda bruscamente arremessando o livro e as anotações que estavam no seu colo. Sua cama era espaçosa, mas ele estava muito no canto e por pouco não acertara seu abajur com o livro. Esfregou o olho com uma mão enquanto a outra pegava o livro e botava todas as folhas caídas no seu criado-mudo. Pegou também a ponta de seu edredom que caíra no chão e se ajeitou para voltar a dormir.
Não mais que quinze segundos depois, sua porta de correr bate bruscamente na parede e ele se levanta num pulo. – Hora de acordar! Já é tarde para um jovem.
– 30RHA no 2º QHI[1] não é tanto assim, vovô. – Nestore dormira pouco, sua pesquisa envolvendo o livro no criado-mudo lhe tomara todo o tempo de sono. – Ontem dormi tarde e o senhor está me importunando.
– Contanto que aos 32RHA esteja na mesa para o café está bem. – e saiu murmurando coisas como “no meu tempo todos acordavam no 30RHA e nem com um NHE a mais”.
Nestore se ajeitou novamente, mas percebeu que perdera o sono. Levantou-se, pôs uma camisa branca manga-curta de linho com gola e botões que abria no meio, uma gravata xadrez (tinha uma coleção delas) com um abotoador de gravata que seu avô lhe dera quando pequeno, vestiu uma calça marrom e botou os sapatos azul-escuros de sempre. Desceu até o segundo andar e fez cannacchi. Era de família o gosto por essa semente que se torrava, coava e assim se fazia uma bebida escura e amarga, mas que com açúcar ficava deliciosa. Ele preparava o cannacchi toda manhã enquanto seu avô preparava os bolos.
– Sobre o que é aquele livro no seu criado-mudo, Nestore? – seu avô, Nereo, tinha visto que Nestore tinha o trazido na noite passada. – Não via uma edição parecida com aquela faz muito tempo.
– Huh, é sobre História. O senhor não vai querer saber. – Nestore não queria responder e tinha seus motivos.
– Você e seu primo só pensam no maldito passado! Será que os tempos de hoje são tão desinteressantes assim?
Nestore soltou uma risadinha – Digo o mesmo ao senhor. Sempre fica reclamando dos tempos de hoje.
Nereo preferiu ficar calado.
Depois de um longo silêncio, Nestore comentou: – Acho que vou fazer outra viagem. Vou até a casa do meu primo e depois acho que vou até as Terras Coronas, em Thyfuna. Lá tem uma biblioteca...
– Às Terras Coronas? Você nunca foi para tão longe. Acho que nós lunys não somos bem-vindos lá – Nereo tentava esconder a sua preocupação – e geralmente você não sai daqui do planeta. Seu primo é louco de mandar você para tão longe.
– O primo não é louco e não foi ele que me mandou ir lá. E também, eu nem sei se eu vou. Antes tenho que falar com ele sobre...
– Quando pretende partir?
– Amanhã, talvez.
– Seria bom se ele fosse com você. – Nereo não podia mais esconder a preocupação.
– Sabe que ele não pode deixar a universidade. Seus alunos de história não poderiam se lecionar sozinhos.
– Eu me pergunto por que você não se muda logo daqui para a casa de seu primo! – Nereo era orgulhoso.
– Porque o senhor sentiria muito a minha falta. – Nestore falava sarcasticamente, mas sabia que era verdade.
Ele e seu avô tinham uma ligação muito forte. Quando era pequeno, cinco anos no máximo, seus pais morreram nas mãos de um ladrão que tentava roubá-los e Nestore ficou cego do olho esquerdo, por um tiro de raspão. Nereo o acolheu e o criou. Ensinou-lhe a forja, a luta com espadas, cuidou dele como um filho.
Sua casa na Vila Ruruni era espaçosa, de cinco andares: o porão como um gigantesco armazém tal qual a maioria das casas luny e no qual havia montes de bolos, de sacos de cannacchi e de canela e de vinhos, tal qual a maioria das casas luny; o térreo como uma pequena garagem, a sala de forja e a Armas Brancas do Azul (ou Brancazulada que era como se conhecia a loja e a casa pelas suas cores de paredes e telhado respectivamente[2]); o segundo andar como a sala de estar e a de jantar, a cozinha e um banheiro; o terceiro como as espaçosas suítes com espaçosas camas e uma biblioteca também grande em relação à casa, na qual Nestore passava muito do seu tempo lendo; a cobertura como um escritório e varanda com muitas plantas e duas espreguiçadeiras, que, no verão, em 57RHA no 2º QHI batia um sol agradável para se ler. A casa havia sido construída pelo avô da avó de Nereo.
Os Nakkio eram uma família antiga na Vila Ruruni desde quando Nii Nakkio[3], o construtor de Brancazulada e o membro ancestral da família do qual falávamos se mudou para lá. Ninguém sabe donde veio e Nii Nakkio nunca contou para ninguém. E agora também não é o momento de contar para você.


[1] 3RHA equivale a 1h, 4QHI a um RHA e 100NHE a um QHI. Diz-se “30RHA no 2º QHI com 50NHE” apesar de ser tão usual falar os NHE como é usual falar os segundos. E o dia deles tem 92RHA.
[2] Os luny costumavam dar nomes as suas casas.
[3] Os nomes luny são compostos apenas por um prenome e um nome de família.

Segunda parte do primeiro capítulo de AOI. Atenção à primeira nota de rodapé, ela é importante!

I hope you have fun.
F Bonafini.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

AOI

Essa é a primeira parte do primeiro capítulo de AOI, a história do cara com o cabelo azul que eu postei antes. :D Curta.

CAPÍTULO I, PARTE I

O vulto que ria

L
abaredas, labaredas e labaredas é ao que se resume a situação. Nestore está se escondendo nos escombros de sua tão amada vila natal. Não sabe o motivo da encolha, mas, no momento, o porquê não possui a menor importância. Com cautela, vai andando de lado e encostado nas paredes das casas (ou o que restava delas). Nestore estava vestido com trapos rasgados. A única coisa que estava relativamente em bom estado era uma capa de couro por fora, mas o tecido de dentro já estava desgasto e chamuscado.
Um vulto o avista e ri. Imediatamente, Nestore apressou-se em correr. Sua mente gritava “Inimigo, Inimigo! Corra!” e por motivos intuitivos, seguira a indicação. O Vulto que Ria correu atrás dele sem parar de rir cruelmente. E sua risada deixava Nestore conturbado. Ele vira a placa de aviso “Limites da Vila Ruruni, Volte sempre” e se pôs a correr com todas as energias. O Vulto que Ria parou (sempre rindo) e se virou de costas para Nestore que já estava longe para se alcançar. Uma explosão gigantesca acontece e o Vulto que Ria some no meio da fumaça.

Curtiu? Comenta ae! :D :D :D


I hope you Have fun,
F. Bonafini




quinta-feira, 21 de abril de 2011

Desenhos de Teste

Fiz esses desenhos como teste do programa Easytool SAI que eu uso. Achei interessante postá-los, então, aqui vai.



Esse é o L do mangá Death Note do Tsugumi Ōba.
 


Essa é a Marimoon. Se alguém não a conhece, dá uma passada no fotolog dela.


I hope you have fun,
F Bonafini

Nesotre & Nekki




Esse é um dos personagens principais de uma história que eu vou postar amanhã. Vai ser um dos que eu mais vou desenhar, então, se acostume com a cara dele!

O cara é o Nestore e o gatinho é o Nekki.

I hope you have fun,
F Bonafini

Auto-Retrato Cabeludo

Pro caso desse blog ter visitantes que não sejam amigos meus, pequena apresentação:

Eu sou Fábio Bonafini, estudante do ensino fundamental no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Estou sempre rabiscando num papel, seja um desenho ou um texto, então resolvi criar um blog para reunir tudo. Adoro sorvete, café, música antiga e/ou alternativa, mangás e O Senhor dos Anéis.

Aqui vai o Auto-Retrato Cabeludo da minha foto:


Amanhã eu posto algumas coisas, que agora está tarde.

I hope you have fun,
F. Bonafini